Foram quatro pacientes de hemodiálise, residentes em Rancharia, que morreram no acidente e não seis.
Os corpos deverão ser liberados para velório e sepultamento somente após exame conclusivo de DNA, os corpos das quatro vítimas fatais foram carbonizadas no trágico acidente na rodovia Prefeito Homero Severo Lins (SP-284), Km 540 + 100 metros, proximidades do presídio de Martinópolis.
A colisão frontal aconteceu por volta das 16h30 desde sábado, quando um veículo modelo Van Fiat Ducato, de transporte de pacientes de hemodiálise, pertencente à Prefeitura Municipal de Rancharia, pilotado por S.L.P.F., 57 anos, retornava de Presidente Prudente.
A Polícia Rodoviária apurou no local, que a Van colidiu frontalmente com um caminhão SCANIA/R124, placas de Campo Grande, que tracionava um semirreboque de cor preta, carregado de lâminas de vidro, dirigido por I.N.L., 42 anos, morador na capital do Mato Grosso do Sul.
A Van teria ido de encontro ao caminhão, e colidido de frente, quando o motorista desviou de outro veículo (não identificado) que transitava na contramão, em função de muita fumaça sobre a pista, provocada por queimadas em vegetação a margem da via.
Com a pancada, segundo consta, a Fiat Ducato foi jogada sobre o fogo e também se incendiou; o caminhão permaneceu parado sobre a pista da rodovia.
Sobreviventes e mortos
Além do condutor S.L.P.F., conseguiram sair da Van, a paciente I.S.P., 25 anos e a acompanhante M.S.S., 17 anos, esta última que acompanhava o avô J.D.S., de 59 anos, um dos mortos na tragédia.
Além dele também morreram queimados no acidente, M.O., 68 anos, M.I.B., 62, e J.C.S., 33. Em respeito as regras de Polícia Científica, de só confirmar a morte após o exame de DNA, não divulgaremos os nomes completos, embora haja confirmação detalhada da Prefeitura sobre quem seriam os passageiros/pacientes transportados no veículo acidentado.
Espera
Na manhã deste domingo, o secretário de Administração da Prefeitura de Rancharia, Militão José Rodrigues Nogueira Filho confirmou a informação de que, pelo estado severo de carbonização não foi possível o chamado “reconhecimento visual” dos corpos das quatro vítimas, e por isso, não haverá, ao menos por hora, liberação dos mesmos para velório e sepultamento até a formalização por exame de DNA.
Não há segundo Militão, previsão para a conclusão do serviço, que é feito através da confrontação laboratorial de restos mortais dos cadáveres com amostras de saliva ou sangue de familiares próximos.
Só a partir desse resultado, manda a Lei, é permitida a constatação e emissão do atestado de óbito.
Caso semelhante
Em fevereiro último, duas famílias da região viveram a agonia dessa espera pela liberação dos corpos de R. S. P. e H. S., que morreram carbonizadas no dia 7, na colisão do Astra em que viajavam e um caminhão, na Serra de Caxias do Sul (RS).
Os corpos foram liberados somente no dia 27 daquele mês.
A expetativa, entretanto, é de que o serviço de identificação paulista seja bem mais eficiente e rápido que o gaúcho.