Desde a semana passada muitos boatos circulam na cidade sobre um provável desligamento da empresa de ônibus TRANS VLP devido a um discurso realizado pelo vereador Tiago Matias durante sessão na Câmara Municipal.
Alguns fatos foram apurados, documentos levantados, além de depoimentos de usuários dos coletivos.
De acordo com o Vereador a empresa de ônibus está no vermelho e usou de má-fé ao protocolar na Prefeitura um pedido de desligamento alegando que o discurso do Vereador seria o estopim para o fim da prestação de serviço.
Porém a própria empresa alega “falta de recursos para manter o equilíbrio financeiro pela prestação do serviço” e que vem encontrando dificuldades para operar já há algum tempo.
Que mês após mês a empresa procurava a Prefeitura para informar os dados e a situação que se encontrava e ninguém apresentou soluções.
Um contrato deficitário que acarretava prejuízos recorrentes para a empresa e os subsídios repassados pela Prefeitura não eram suficientes.
Acontece que a empresa tinha uma expectativa com a demanda de passageiros na cidade que não se confirmou.
Inclusive moradores da cidade já fizeram baixo assinados contra a empresa circular.
Matias comprovou com mensagens, telefonemas e visitas presenciais as reclamações da população em seu gabinete: “Eu quero deixar bem claro que minha atitude foi a de defender o idoso que precisa do transporte público. Eu estou comprando uma briga pelo bem estar dos mais velhos que já enfrentam diversas dificuldades no dia a dia e ser maltratado em uma condução que deveria ser gratuita a toda população é inaceitável”, disse.
Ele ainda afirmou que o dever de fiscalizar tudo o que ocorre no município é dos Vereadores, que vai continuar e jamais cruzará os braços em qualquer situação.
Empresa TRANS VLP
A própria empresa disse que trabalhar em Tupã não compensa financeiramente e que está passando por grandes dificuldades.
Só no ano de 2018 cerca de R$ 600 mil reais foram repassados para empresa e em 2019 já foram R$ 400 mil reais pela Prefeitura Municipal para custeio mensal mais o valor dos passes de idosos e estudantes.
Outro ponto também é que a empresa perdeu o prazo para entregar os pontos de ônibus reformados conforme está no contrato com a Prefeitura.
“Se a empresa romper o contrato com a CIDADE eu espero que ela pague a multa contratual, nenhuma empresa fecha um contrato de R$ 600 mil anuais cancela o contrato e sai sem ao menos pagar o prejuízo”, enfatizou Matias.
Projeto de Lei
Segundo o estatuto do idoso pessoas com idades acima de 65 anos não pagam passagens em transporte público. A lei é federal, porém existe uma abertura onde os municípios tem o poder de definir essa idade para 60 anos.
Em Tupã não existe lei específica, então a lei vigente no município é que passageiros com menos de 65 anos paguem normalmente o transporte.
“Vou protocolar hoje um projeto de lei complementar na Câmara dos Vereadores para transporte gratuito para idosos a partir de 60 anos” contou Tiago.