Com sua pouca idade, Luís Otavio Guandalini já compõe músicas com letras intensas. Ele literalmente pega questões da vida diária de qualquer pessoa, como alegria, tristeza, ansiedade, dúvidas, insegurança e transforma em poesia musical.
O músico se inspira bastante no trabalho de Renato Enoch e Troye Sivan, nas músicas de Tiago Iorc, Hozier, MPB e músicas internacionais. Também sempre que pode estuda história da música para aumentar seu conhecimento.
É um jovem que tem futuro, toca ukulele, piano e teclado. Ele não só canta as músicas, mas compõe e cria a melodia.
Participando de todos os processos de criação até a edição audiovisual final. Ele faz tudo, do início ao fim.
Luís Otavio disse: “Já tinha projetos de composição antigamente, mas comecei a focar de verdade à partir da música 4º Andar. Comecei escrever no ano passado e publiquei este ano, é um projeto recente que surgiu com muita espontaneidade. Eu tinha acabado de comprar meu ukulele, estava todo ansioso com as primeiras notas que tinha aprendido e a música foi fluindo”.
Continuou: “Eu fiquei bem feliz com o resultado final, justamente porque saiu uma coisa que não estava na minha zona de conforto, não era um estilo que eu estava acostumado a cantar e escrever. Fiquei muito feliz com a recepção também. Isso me incentivou 100% a continuar”, destacou o jovem.
Explicando seus mais recentes projetos: “Por mais que a música aborda um tema que envolve muita gente, que é a ansiedade e muitas delas se identificaram com o tema, a letra ainda é muito de mim para mim. Depois de algum tempo eu criei Cidadela Azul, embora 4º Andar é bastante explícita, Cidadela Azul faz o contrário, é bastante implícita. As músicas anteriores tinham um tom mais melancólico e eu busquei com a música Nova Estação trazer o sentimento mais otimista possível para encerrar um ciclo, que foram essas músicas”.
Essas são as 3 composições dele:
Quarto Andar
Letra:
Começa agora não é hora para eu me preocupar
Do pensamento devaneio que veio do quarto andar
Começa agora não é hora de deixar para depois
Mesmo que embora aquele olhar seja mais forte
Começa agora não é hora, de preocupação, se vem direto da cabeça não afeta o coração
Começa a correr mesmo sem direção, já é pressão de mais seguir o coração
Arruma a roupa corre, não te ver assim
O pensamento alheio já tomou conta de mim
Mas não se cobra não Você já se cobrou
Não dá pra evitar, o que passar passou
Começa agora o devaneio que veio pra atrapalhar
De todos meus anseios sabe bem como manusear
Tampou minha visão, bateu meu coração duas vezes a mais, mundo sem compaixão, mas não se esqueça não do que é capaz
Arruma a roupa corre, não te ver assim
O pensamento alheio já tomou conta de mim Mas não se cobra não
Você já se cobrou Não dá pra evitar, o que passar passou
Já caiu minha pressão, e o meu coração já não aguenta mais,
Faz assim então, segura na minha mão e o resto se desfaz.
Cidadela Azul
Letra:
Não era o sol
Que me acordava dia de manhã
Não era a lua
Que sabia me fazer chorar
A minha cabeça
Era a curva de toda a razão
Minha sanidade
Já não estava de pés no chão
A minha casa toda sequencial
Não tinha janelas era tudo igual
Mas como eu ia saber
Que havia tanta coisa lá fora
Não sabia como ia fugir
Dos meus sentimentos confinados ali
Dos meus pesadelos batendo na porta
Que eu não podia abrir
Sabia de mais
Mas não sabia me deixar em paz
De todos esses medos, que a noite trás
Diretos da, cidadela azul
Sabia não
Se era devaneio do meu coração
Tantas as manhãs que eu perdi em vão
Tentando correr, tentando correr
De mim
Sabia de mais
Que o mundo não perdoa o olhar pra trás
Eu devia saber
De olhos abertos, cabeças fechadas, coração não costuma bater
É tanto passaro nesse céu
Que voam ao mesmo lugar
É tanta maré,
Que é impossível despencar
Em outro mar
É impossível não cair
Em mazuleu
De novo, de novo
Sabia de mais
Mas não sabia me deixar em paz
De todos esses medos, que a noite trás
Diretos da, cidadela azul
Sabia não
Se era devaneio do meu coração
Tantas as manhãs que eu perdi em vão
Tentando correr, tentando correr
De mim
São rotineiras as palavras-chave
Prontas a me despir
Eu sempre costumei falar
Mas nunca costumei me ouvir
O sol se punha pelo lado errado
Não via manhãs com exatidão
A julgar por esse céu errado
Como quero voar se não cheguei ao chão?
O pé na areia cacos de cristal
Fragmentados em tamanho igual
Tentando ser eu por inteiro
Nem um passo sem visão
É banal se o coração
Diz respeito ao teu jeito
Que é tão seu
Sabia de mais
Mas eu só sabia correr correr
Dos pesadelos
Que me conhecem por inteiro
Que me conhecem por inteiro
Sabia não
Se era disfunção do meu coração
Tantas aquelas noites que perdi em vão
Tentando correr de mim
Nova Estação
Letra:
Todo o caminho me guia pela frente
Tangente bordada em sol
A luz no horizonte é farol
Às vezes é caso do meu inconsciente
Que já me lembrou outra vez
De outono me resta um mês
Eu sei que vai passar
Mas até lá
Eu cresço um pouco
Pra me ver
E olhar
O pôr do sol
Que acabou de chegar
Eu sei
Eu tô tão distante
Eu já sei bem me cuidar
Mas não sei onde estou
Eu sei Se o coração é pulsante
Do que adianta chorar
Pelo que já passou? (e passou)
Ah, chegou a culpa no meu coração
Identidade ou indecisão
Seguiu o vento a esbarrar no medo
Da nova estação
Eu sei que vai passar
Mas até lá
Eu cresço um pouco
Pra me ver
E olhar
O por do sol
Que acabou de chegar