Vítima relatou à polícia que se desentendeu com um jovem em um baile funk e no dia seguinte, rapaz e amigos o agrediram. Caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pela DIG
Um jovem de 25 anos registrou um boletim de ocorrência depois de ser agredido por um grupo em Tupã (SP). Segundo o rapaz, as agressões ocorreram por ele ser homossexual. O caso teria ocorrido na última sexta-feira (15) e a vítima passou por corpo de delito nesta segunda-feira (18).
De acordo com o registro da Polícia Civil, a vítima relatou que se desentendeu com um rapaz em um baile funk, na noite de quinta-feira (14). O jovem, que não quis se identificar, disse que foi um caso de homofobia.
“O rapaz estava na festa e falou que eu estava me esfregando nele. Eu sou gay e gosto de dançar, de me divertir. Aí ele pegou e deu três murros nas minhas costas. Quando virei de frente, descontei e ficou por isso mesmo”, lembra o jovem.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, na sexta-feira, o rapaz com quem a vítima tinha se desentendido no dia anterior o encontrou em uma choperia da cidade, na Avenida Tamoios, e os dois tiveram uma nova discussão.
O rapaz estava acompanhado de dois amigos, um homem e uma mulher, que também se envolveram na confusão. De acordo com o registro, a vítima foi agredida com arranhões, chutes e ‘gravatas’, sofrendo diversas lesões.
“Um dos caras falou que ‘viado’ tinha que morrer, que tinha que apanhar mesmo. Aí me levaram para o meio da rua e começaram a me bater”, contou a vítima.
Segundo o registro, o jovem foi socorrido para a UPA e, quando saiu do local, teve uma crise convulsiva e desmaiou, sendo levado para a Santa Casa para atendimento médico. A vítima recebeu alta e se recupera em casa.
O boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal e o caso é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). De acordo com a delegada Milena Davoli, são realizadas diligências para tentar identificar os agressores e a motivação do crime também é apurada.
Fonte: G1
Por Júlia Nunes, G1 Bauru e Marília
Colaborou com a supervisão de Mariana Bonora.