Funcionários de um banco perceberam uma movimentação atípica por parte de uma cliente, uma senhora de 91 anos de idade que transferiu um valor elevado para uma conta do Rio de Janeiro
Já no Rio de Janeiro, os funcionários da agência bancária notaram alguns indícios suspeitos em um saque e entraram em contato com a agência de Tupã para saber detalhes sobre a transação que foi realizada.
Funcionários daqui tentaram contato com a senhora que fez a transferência, não conseguindo e percebendo a situação entraram em contato com um investigador da Polícia Civil para informar o caso.
Imediatamente A Delegada responsável pela DIG de Tupã, Doutora Milena Davoli e os investigadores Marcio Jorge e Marcio Alexandre se deslocaram até a casa da vítima onde tomaram ciência de toda a situação.
No local a vítima relatou que recebeu um telefonema com ameaças, criminosos afirmando que estavam com a filha dela sequestrada e que se a senhora não transferisse a quantia solicitada eles a matariam.
Com todo o tirocínio policial que a situação exigia a Delegada e os investigadores aqui de Tupã acalmaram os ânimos e foram ganhando tempo, paralelamente a Polícia do Rio de Janeiro montou uma campana e obteve êxito em capturar a meliante que faria o saque, evitando o prejuízo.
A perspicácia dos funcionários do banco e a agilidade dos Policiais Civis foram fundamentais para que a vítima não tivesse um grande prejuízo financeiro resolvendo toda a situação, que agora segue em investigação.
A responsável pela Delegacia de Investigações Gerais de Tupã ainda faz um alerta para que em situações como esta, onde alguém entra em contato chorando, gritando, relatando algum tipo de agressão ou ameaça e fazendo exigências, que a pessoa pare, respire, que tenha sempre em mente que isso provavelmente seja um golpe.
Segundo a Polícia, historicamente não há quase registro desse tipo de crime (sequestro mediante pagamento) aqui no Estado, então via de regra trata-se de golpe.
Ainda conforme a Delegada, no primeiro contato trate o “filho ou parente” por nome diferente do real e se ele atender tenha certeza que se trata de golpe, normalmente o golpista não sabe o nome do familiar “sequestrado”. Por isso, a vítima deve ficar atenta e nunca pronunciar nomes.
Sempre tente negociar para ganhar tempo até que uma segunda pessoa localize a suposta vítima sequestrada, informe por exemplo que está distante do banco.
Ela ainda aconselha a vítima a comunicar a Polícia sobre o ocorrido antes de depositar qualquer valor. A Polícia é que tem meios para desvendar e resolver o caso.
Orientações
1 – Pare, pense e fique calmo:
Diante da possibilidade de um familiar ter sofrido um acidente ou sequestro, a vítima deixa de tomar providências óbvias, como checar se a informação é verdadeira com a suposta vítima. Uma simples ligação resolveria o caso. Mesmo sob ameaça, desligue, finja que a ligação caiu e tente contato com quem pode ser o sequestrado ou outro familiar/amigo. Caso não consiga falar, acione a polícia.
2 – Não dê nome de parentes para os criminosos:
O nervosismo faz com que a vítima, sem perceber, dê informações úteis para os bandidos. Ao ouvir o choro do “sequestrado”, ela acaba falando o nome de um parente. E isso é tudo que os criminosos queriam para pressioná-lo mais ainda. NUNCA revele nomes de familiares nestes casos.
3 – Desconfie de ligações longas:
A maioria esmagadora dos primeiros contatos de sequestradores tem durações rápidas, pois temem ser rastreados pela polícia. Também não atenda ligações a cobrar. Caso a chamada seja de um número que não conheça, desligue.
4 – Oriente também os idosos:
Pessoas idosas costumam ser mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Às vezes, uma simples ligação anterior pode prolongar uma conversa com desconhecidos e dar munição para um futuro golpe.
5 – Sempre dê queixa na polícia:
Procure a polícia para registrar o caso. Com informações sobre a origem da chamada e o número da conta ou local que foi solicitado o valor pedido pelos bandidos. Assim as autoridades podem localizar os criminosos e evitar novas vítimas.