O país ― que até então trabalha no sentido de evitar a propagação do vírus e apostava no tratamento de casos leves na Atenção Básica ― entra em um novo patamar de enfrentamento da doença. Na fase atual, já não é possível identificar quem transmitiu o vírus. Tanto especialistas quanto autoridades de saúde avaliam que a disseminação da doença pode acontecer rapidamente e que, embora tenha uma letalidade relativamente baixa, é preciso preparar as redes hospitalares para receber uma alta demanda de pacientes em estado grave.
Com 1.546 o Brasil já está entre os 20 países mais afetados no mundo, o estado de São Paulo contava com 631 casos confirmados e 22 mortes, até as 16h de domingo (22). Hoje já aumentou.
Nosso município precisa da ajuda de toda a sociedade
Ações como o isolamento social são extremamente necessárias justamente para evitar um colapso no sistema de saúde do município, que ocorreria com muitas pessoas doentes ao mesmo tempo.
Decretos municipais e estaduais, bem como indicações para preservar os grupos de risco precisam ser seguidas para conter a disseminação do COVID-19, princialmente entre os mais vulneráveis, que quando ficam doentes requerem maiores cuidados médicos.
Tupã possui aproximadamente 62.256 habitantes e poucos leitos com aparelhos respiratórios prontos para uso ou seja menos de 0,1% dos moradores de Tupã teriam atendimento hospitalar adequado em casos graves.
“O fato é que a administração pública precisa urgentemente aumentar os leitos preparados para receber a população caso a pandemia se espalhe”
Demonstrou preocupação sobre o tema o Advogado Doutor Carlos Henrique Ruiz.
UTI – Santa Casa de Tupã
Prefeitura destaca a importância do isolamento na prevenção ao novo vírus
Para evitar a disseminação do novo Coronavírus, a Prefeitura de Tupã adotou diversas medidas, atendendo às recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Além disso, a Administração Municipal ressalta a importância de a população ficar em casa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o isolamento é recomendado para reduzir as chances de transmissão do novo coronavírus entre pessoas, especialmente por aquelas que não apresentam sintomas. A Pasta informa que este isolamento previne a circulação do vírus e é mais indicado às pessoas que se encontram no grupo de risco.
Conforme Joselaine Pio Rocha, enfermeira responsável pelo Setor de Vigilância em Saúde, o Ministério da Saúde classifica esta medida como fase de contenção, promovendo quarentena domiciliar, evitando aglomerações de pessoas e retardando a progressão da pandemia.
“Estas medidas visam diminuir o impacto do novo vírus nos serviços de saúde, proporcionando uma redução no número de casos e reduzindo o pico estimado de transmissão. Desta forma, os casos serão mais distribuídos ao longo do tempo, possibilitando que o Sistema de Saúde consiga absorver, atender e tratar os pacientes”, enfatizou.
Joselaine ainda ressaltou algumas outras medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, tais como etiqueta respiratória (ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e boca com um lenço ou o braço); isolamento sintomático; evitar contatos próximos, aglomerações e realizações com grande número de pessoas; reduzir o deslocamento laboral, fluxo urbano e de ensino, além da diminuição de movimentação nas UTIs.
O prefeito Caio Aoqui explicou que a Administração aplicará todas as medidas, previstas pelo decreto municipal, visando a saúde pública e evitando que haja um alto número de casos confirmados da doença no município.
“Todas as medidas, indicadas pelo Governo do Estado, serão aplicadas em nossa cidade de acordo com o decorrer dos dias. Já preparamos o decreto referente às atividades que serão paralisadas. Pedimos a colaboração de todos, pois estamos diante de uma doença altamente contagiosa e que, se não nos cuidarmos, pode acarretar muitos problemas para nosso município”, alertou.
Coronavírus
O novo Coronavírus faz parte de uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Os principais sintomas são comuns aos de uma gripe, como tosse, febre e dificuldade para respirar. O grupo de risco é: idosos (pessoas acima de 60 anos), fumantes, asmáticos, pessoas com doenças do coração e diabéticos.
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