Apae completa 52 anos buscando se reinventar durante pandemia. Em época de isolamento, apoio da sociedade é mais importante que nunca, defende presidente em exercício
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tupã (Apae) celebra hoje seu 52º aniversário de fundação.
Apesar da data, entretanto, não há muito o que comemorar: com a pandemia de Covid-19, a entidade está impedida de realizar os eventos que eram uma de suas principais fontes de financiamento e luta para se manter em funcionamento.
“Neste período de isolamento social, precisamos muito do apoio da população para nos manter em atividade, já que estamos impedidos de realizar os eventos que normalmente nos auxiliavam na angariação de recursos”, confirma Marco Sobhie, presidente em exercício da Apae.
Atualmente, a instituição conta com 82 funcionários e atende a 194 pessoas, prestando serviços nas áreas de educação, assistência e saúde, além de manter uma residência inclusiva, criada com a finalidade de propiciar a construção progressiva da autonomia e do protagonismo no desenvolvimento das atividades da vida diária, a participação social e comunitária e o fortalecimento dos vínculos familiares com vistas à reintegração e convivência.
A unidade de Tupã faz parte da Federação Nacional das Apae e é inscrita nos Conselhos Municipais da Assistência Social, dos Direitos da Criança e dos Adolescentes, de Direitos do Idoso e o de Direitos da Pessoa com Deficiência.
“O trabalho é desenvolvido em parceria com a rede setorial na área da Saúde, respaldada pela Diretoria Regional de Saúde de Marília, onde são realizadas avaliações trimestrais, com as devidas prestações de conta do serviço executado. Na área da Educação, contamos com apoio da Diretoria de Ensino de Tupã, onde coordenadora e diretora da APAE recebem as devidas orientações técnicas. Já na área da Assistência Social o trabalho é desenvolvido em rede com o CREAS, os CRAS, o Conselho Tutelar, Fórum, Delegacia de Polícia e também da DRADS de Marília”, detalha Sobhie.
História
A Apae de Tupã nasceu como Centro Pedagógico São Lucas, que iniciou suas atividades no dia 22 de maio de 1968, no local onde funcionava o Parque Infantil Stélio Machado Loureiro. A escola era, na época de sua fundação, orientada pela professora e pedagoga Laura Pereira dos Santos e iniciou suas atividades atendendo a 20 pessoas com deficiência.
Em 26 de abril de 1972, o Centro Pedagógico São Lucas de Tupã foi extinto sendo realizada a primeira Assembleia Geral com a finalidade de eleger a Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tupã sociedade, civil de caráter assistencial, filiada à Federação Nacional das APAEs, com seu próprio Estatuto.
Desde 1972, a APAE de Tupã realiza seus atendimentos em sede própria situada, na zona leste da cidade, na avenida Arthur Fernandes, Parque Bela Vista, prestando os serviços da proteção social especial com financiamentos estadual, federal. Em 2008, foi assinado o convênio que estendeu a assistência também para a área da saúde e em 2014 criada a residência inclusiva.
Hoje, a entidade e reconhecida pelo seu trabalho beneficente de assistência social, com fins não econômicos, de caráter educacional, cultural, assistencial, da saúde, com duração indeterminada, sem distinção de raça, cor, condição social, credo político e religioso. A Apae Tupã é mantida através de convênios firmados com órgãos públicos, doações da comunidade e promoções, sendo que essa renda é convertida ao atendimento específico aos assistidos pela instituição.