Apesar de apresentar saldo negativo pelo terceiro mês consecutivo, o município de Tupã subiu duas colocações no ranking regional do emprego, no mês de maio, em relação ao mês anterior.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do governo federal, em abril o município havia registrado a contratação de 184 funcionários no mercado formal, demitindo 690, ficando com saldo negativo de 506 empregos, encerrando o mês na 18ª colocação.
Já no mês passado, foram registradas em Tupã 255 contratações, 437 demissões e saldo negativo de 182 empregos. O município encerrou o mês de maio na 16ª colocação no ranking regional do emprego.
O setor da economia que mais contratou funcionários no mês de maio foi o da indústria, com 67 admissões, 62 demissões e saldo positivo de 5 empregos, seguido da agropecuária, com 21 contratações, 23 demissões e saldo negativo de 2 empregos; construção civil, com 8 contratações, 13 demissões e saldo negativo de 5 empregos; comércio, 81 contratações, 150 demissões e saldo negativo de 69 empregos; e serviços, com 78 contratações, 189 demissões e saldo negativo de 111 empregos.
CONSTRUÇÃO CIVIL: SETOR SEGUE FIRME
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atingiu diversos setores da economia, reduzindo centenas de postos de trabalho no município. Um dos setores menos prejudicados no mês de maio foi o da construção civil que, apesar da quarentena, manteve seus trabalhos na cidade, seja na construção de novos empreendimentos habitacionais que se expandem pela cidade, ou nas obras de infraestrutura, como as realizadas no projeto de drenagem urbana.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), entre os meses de janeiro a maio deste ano, o município de Tupã contratou 2.158 funcionários e demitiu 2.698. Dos 540 postos de trabalhos desfeitos no período analisado, 17 pertencem ao da construção civil.
Número menor do que o da indústria, que encerrou os cinco primeiros meses deste ano com saldo negativo de 80 empregos; do comércio, com saldo negativo de 233 empregos; e de serviços, com saldo negativo de 316 empregos.
Vale lembrar que o agronegócio teve saldo positivo, com 188 contratações, 82 demissões e 106 empregos mantidos.
Covid-19
O setor, de acordo com levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) não paralisou seus trabalhos durante a quarentena, mas soube se proteger, com 93% da capacidade produtiva.
Atualmente, segundo levantamento da CBIC, considerando o ritmo de operação dos canteiros de obras, a construção civil teve uma taxa de contaminação baixíssima na comparação ao volume de trabalhadores envolvidos. O setor soube proteger, testar, monitorar e tratar, reduzindo drasticamente os contágios.
Desde o início da epidemia no Brasil, 10 trabalhadores da construção morreram em função da Covid-19, em um universo de 2 milhões de pessoas que atuam com carteira assinada e diretamente no segmento.
De acordo com a CBIC, as entidades de classe da construção civil e as empresas estão indo além das medidas protetivas e sanitárias estabelecidas. Elas se preocupam também com o trabalhador no trajeto de volta ao lar e com ele no contato com sua família.
Vale lembrar que bem antes da pandemia se instalar no Brasil, a segurança no trabalho é lei dentro da construção civil. A presença de trabalhadores no canteiro só é permitida mediante o uso adequado de equipamentos individuais de proteção (EPIs).
Por isso, objetos como máscara, luvas, óculos de segurança e capacete não são novidades para quem atua em obras. É o que permite ao trabalhador do setor sair na frente no que se refere à proteção contra a Covid-19.
Fonte: Jornal Diário