Me vejo esperando silenciosamente pelos minutos do relógio, pelo momento em que algo acontecerá, um simples movimento de peças ou o momento final em que seremos engolidos pelo próprio relógio.
Não há muito o que eu possa fazer, somente eu esperar em minha casa e torcer para que as medidas sejam tomadas. Talvez ele vá embora, alguma hora, não se sabe ao certo o momento de sua saída, mas o que sei, é que ele está em frente a porta, esperando a minha saída sem minhas devidas precauções.
O seu ataque é tão fatal, quanto uma cobra que está a se enrolar sobre o meu pulmão, fazendo com que eu perca a razão e com que eu fique sem o ar. O precioso ar.
Ele fica lá, do lado de fora, a minha espera. Toda vez que saio, a chance de ele me pegar é grande, mas tão grande que já quase nem saio mais de casa.
Talvez eu chame alguém para me ajudar, mas pode ser que a pessoa também esteja com ele, piorando ainda mais a minha situação.
Meus pais, também sabem da existência dele, porém, eles são obrigados a sair, mas assim como eu, eles tem medo de não tomar as precauções, fazendo com que ele os pegue.
Tanto tempo já se passou, não me aguento mais, acho que irei sair, largar tudo pra trás, sem as precauções sair e deixar ele me pegar, de modo que eu finalmente esteja em paz.
Autores: Juliano Moreto Massoca, Hugo Leonardo Bueno Nogueira, João Victor Medeiros Valéro, João Paulo Martins dos Santos