Moeda brasileira apresenta desempenho bem pior que a lira turca, enquanto no acumulado de 12 meses seu desempenho é próximo do peso argentino
Com a questão fiscal aumentando a tensão entre os investidores aqui no Brasil, o dólar comercial fechou setembro com uma alta de 2,46% ante o real, cotado a R$ 5,6150 na compra e R$ 5,6160 na venda.
Além da crise do coronavírus, que afeta boa parte das moedas emergentes, o real tem outros fatores que estão pesando em seu desempenho. E um dos principais deles é o risco fiscal.
Com esta preocupação crescente nas últimas semanas, o real se consolidou como a moeda com pior desempenho do mundo em 2020 até o momento, com o dólar subindo 39,60% ante a divisa brasileira, segundo dados da Refinitiv.
A crise por conta do coronavírus tem pesado bastante para o desempenho das moedas de países emergentes, já que em momentos de maior tensão os investidores globais tendem a procurar ativos mais seguros, entre eles o dólar americano.
Tanto que contra algumas divisas consideradas mais fortes, a moeda dos EUA registra queda neste ano. É o caso do euro, com queda de 4,33% do dólar, do iene japonês (-3,10%) e do franco suíço (-4,86%).
Moeda | País | Desempenho do dólar contra a moeda em 2020 |
Real | Brasil | +39,60% |
Lira | Turquia | +29,69% |
Peso | Argentina | +27,25% |
Rublo | Rússia | +25,17% |
Rand | África do Sul | +19,59% |
Peso | México | +16,77% |
Peso | Colômbia | +16,44% |
Sol | Peru | +8,78% |
Peso | Chile | +4,35% |
Libra | Reino Unido | +2,71% |
Yuan | China | -2,47% |
Iene | Japão | -3,10% |
Euro | Zona do euro | -4,33% |
Franco | Suíça | -4,86% |
Já no acumulado de 12 meses, o dólar subiu 34,94% contra o real, em um desempenho muito parecido com a Argentina, por exemplo, onde a moeda americana teve alta de 32,26% no mesmo período.
Fonte: Infomoney e Refinitiv