Objetivos foram o debate e a reflexão a respeito da acessibilidade e dificuldades enfrentadas
Na manhã de ontem (3), o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência realizou uma reunião no Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, com o objetivo de debater problemas enfrentados por pessoas com deficiência, bem como expor os projetos oferecidos pelo Museu voltados para este público. O evento contou com número limitado de participantes, respeitando as recomendações das autoridades de Saúde.
Maria Helena Mozena, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, explicou que eventos como este fortalece a luta das pessoas com deficiência e que a data é muito importante, pois desperta a consciência nas pessoas e dá visibilidade aos problemas e dificuldades enfrentados pelas pessoas com deficiência.
“Esta data é a celebração mais importante para nós, pois foi escolhida pela ONU em outubro de 1992 e busca dar visibilidade às diversas situações enfrentadas pelas pessoas com deficiência. Também vimos alguns dos projetos do Museu sobre acessibilidade para pessoas com deficiência visual e intelectual debatemos a respeito do tema”, explicou.
Nelson Ferreira, cadeirante e participante da reunião, enfatizou que esta data é uma forma de reflexão para que todos possam entender a respeito da igualdade e buscar a colaboração. Ele ainda salientou que o Brasil conta com inúmeras falhas na acessibilidade, e que é difícil ser cadeirante na região.
“Somos carentes de melhorias na acessibilidade, especialmente em nossa região. Esta data serve para que tanto pessoas com deficiência, quanto aquelas que não têm, possam debater e refletir sobre as dificuldades enfrentadas, entender que todos somos iguais, e devemos colaborar uns com os outros”, disse.
Aldemar Rogério, deficiente visual, comentou que esta data contribui para despertar a empatia e para que as pessoas entendam um pouco das dificuldades enfrentadas pelo próximo para tentar ajudá-lo. Aldemar também citou a falta de acessibilidade e a possibilidade de os deficientes visuais trabalharem e se locomoverem sozinhos.
“Existe muita falta de acessibilidade, porém os deficientes visuais podem andar sozinhos, se locomover por meio de transportes públicos, trabalhar, seguir uma vida normal, assim como as demais pessoas”, comentou.
Valquíria Cristina, educadora do Museu, informou que para a realização da reunião, foram seguidos todos os protocolos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e salientou que o Museu tem projetos para promover a cultura e educação, voltados para o público com deficiência intelectual e visual.
“Temos o projeto Museu e Cidadania, voltado para o público com deficiência intelectual, onde fazem artesanato e visitas. Porém, depois da pandemia, está mais restrito, tendo que respeitar as recomendações das autoridades de saúde. Também temos projetos para deficientes visuais, que com a pandemia conta com encontros virtuais voltando o foco para o desenvolvimento da memória”, explicou.
Representando a APAE de Tupã e a Residência Inclusiva da APAE, Vanessa Nogueira, informou que a instituição desenvolve e participa das atividades oferecidas pelo Museu e que esta é uma oportunidade para conhecer mais a respeito dos projetos e debater as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência.
“Temos Residência Inclusiva na APAE, cujos residentes participam das atividades e projetos oferecidos pelo Museu. Esta é uma forma de prestigiar este evento, refletir a respeito das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência e conhecer um pouco mais a respeito dos demais projetos oferecidos para este público”, informou.
Já representando a Secretaria Municipal de Educação, Leusia Flávia Pires Romano, explicou que é fundamental fomentar a inclusão, ainda mais durante a pandemia, pois as dificuldades são intensificadas. Leusia ainda explicou que esta é uma celebração que proporciona reflexão e busca combater os preconceitos e minimizar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência.
“Esta celebração promove uma reflexão a respeito dos preconceitos e dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência. Devemos oferecer mais inclusão e acessibilidade, pois com a pandemia as dificuldades foram intensificadas e é fundamental oportunizar e promover a qualidade de vida para todos”, enfatizou.
Já a secretária municipal de Assistência Social, Patrícia Fernandes, salientou que é fundamental a defesa da dignidade, direitos e bem-estar das pessoas com deficiência; e que os benefícios e direitos adquiridos por estas devem ser colocados em prática.
“Devemos defender a inclusão e a acessibilidade para que as pessoas com deficiência possam estudar, trabalhar, usar transporte e demais serviços públicos e ter um bem-estar. Quando atendemos as especificidades destas pessoas, promovemos a inclusão, e quando a população é consciente a respeito desta, há uma colaboração para o desenvolvimento das pessoas com deficiência. Por isso, é fundamental que a população conheça a respeito da inclusão e acessibilidade, para que contribua para o progresso das pessoas com deficiência, promovendo o desenvolvimento da cidade”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa.