Como orientar as crianças ao uso correto da internet

Com o uso crescente de dispositivos digitais por crianças e adolescentes, cresce também o desafio da família em proteger os filhos da Internet.

Mesmo representando uma ótima ferramenta de aprendizagem, divertimento, interação e lazer, a web esconde inúmeros perigos, o que torna inevitável essa preocupação dos pais.

O TIC Kids, que realizou uma pesquisa sobre o uso da internet, descobriu que 81% da população de indivíduos entre 9 e 17 anos a utiliza. Desse valor, 82% usam o recurso pelo celular – um número que teve bastante crescimento, se compararmos o resultado de 53% divulgado em 2013.

Com dados assim, é de se esperar que a conexão digital nessa faixa etária aumente cada dia mais. Portanto, é muito importante que se estabeleçam alguns cuidados, afinal, por mais que crianças e adolescentes sejam nativos digitais, nem sempre sabem as melhores maneiras de usar a internet e se proteger na rede – tornando-os, assim, potenciais alvos para os perigos da web.

Mas como a família pode orientar uma utilização consciente e segura? Como realizar um monitoramento saudável das buscas e pesquisas pela Internet? Como evitar que esses acessos tragam riscos?

O mais importante é o diálogo. Nem sempre podemos acompanhar tão de perto o que os filhos estão fazendo no computador, especialmente quando eles vão ficando mais velhos. Por isso, é importante que haja abertura para conversar sobre o tipo de comportamento e pessoas a serem evitados nas redes.

Além disso, na medida do possível, busque acompanhar os conteúdos que seu filho está acessando, tais como jogos, aplicativos variados e, principalmente, redes sociais, que são locais em que ele pode interagir com outras pessoas, muitas vezes desconhecidas.

O Facebook é uma rede social muito acessada por crianças, pois apesar dos termos de uso restritivos — só pessoas acima de 13 anos de idade podem criar uma conta —, é bastante simples burlar esse mecanismo.

Algumas práticas colaboram para que os pais consigam acompanhar mais de perto os acessos dos filhos à Internet.

Confira:

  • Instale o computador em um local no qual seja possível verificar e monitorar suas atividades;
  • Tenha acesso a todas as senhas de seu filho;
  • Verifique com regularidade o histórico do computador;
  • Pergunte a ele quais são os ambientes/sites/redes sociais que ele mais gosta de acessar;
  • Verifique também se ele já encontrou algum ambiente/site/rede social que não o tenha agradado. Descubra por que não.

Estamos na era digital e a comunicação online é algo corriqueiro. Lembre-se de que provavelmente todos os colegas do círculo social de seu filho provavelmente utilizam até mesmo na escola.

Então, defina limites e imponha regras online. Forneça uma lista de sites seguros que eles têm permissão para visitar e explique por que outros sites são inadequados.

Até que ponto as crianças realmente conhecem as pessoas com as quais estão interagindo? Ajude seu filho a considerar com quem está conversando e quais informações está compartilhando online.

Discuta as coisas que ele não deve compartilhar nas mídias sociais; lembre-o de que tudo permanece na Internet para sempre. No caso dos aplicativos de mensagens, como Messenger e WhatsApp, é importante lembrar que seus bate-papos não são 100% privados, então todo cuidado é pouco.

No caso de seu filho perceber que algo estranho está acontecendo, como ter contato com alguém que faz muitas perguntas pessoais, ou mesmo sugerindo algo que o faça se sentir desconfortável, ele precisa saber como reagir.

No menor sinal de invasão de privacidade, peça que seu filho interrompa o contato e avise você. Sua atitude, por sua vez, não pode ser de mera repreensão, e sim, de entendimento do caso. Se necessário, entre em contato com uma delegacia de crimes virtuais e comunique o que está acontecendo.

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Sobre o autor

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Carlos Henrique Luques Ruiz

Dr. Carlos Henrique Luques Ruiz - Advogado; Pós Graduado em Direito Tributário; Perito Contábil; Pós Graduado em Gestão Pública com ênfase em Cidades Inteligentes. Membro do Conselho Regional de Prerrogativas da 18ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo

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