Quando o objetivo é cuidar da saúde, é importante compreender a importância da vacinação. Afinal, ela é um dos maiores progressos da medicina — graças à imunização, milhões de pessoas são protegidas no mundo todo contra várias doenças.
A primeira utilização do termo “vacina” ocorreu em 1798, quando um médico e cientista inglês realizou um experimento, onde a partir de relatos de que trabalhadores da zona rural não contraíam varíola por já terem adquirido sua versão bovina, ele introduziu os dois vírus (humano e bovino) em um garoto de oito anos e observou que a teoria tinha fundamento científico, desta forma, por terem sido expostas a uma versão mais fraca, aquelas pessoas tinham ficado imunes.
No Brasil, a vacinação surgiu em 1804, com a chegada da vacina contra a varíola, porém, a partir de 1830, o número de pessoas imunizadas começou a diminuir, por causa de muitas controvérsias, gerando uma fobia na população da época.
Diante da relutância, em 1904, foi lançado um decreto bastante rígido sobre a obrigatoriedade da imunização, com risco de multas e demissões.
Oito décadas depois, com o advento do Ministério da Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Programa Nacional de Imunização, essa realidade mudou.
Com a conscientização sobre a importância da vacinação, muitas doenças foram controladas e outras exterminadas.
Entretanto, informações falsas, compartilhadas em alguns meios de comunicação, têm feito ressurgir o movimento antivacina em todo o planeta, causando o aparecimento de doenças que já estavam erradicadas em determinadas regiões.
As vacinas utilizadas no Brasil são produzidas por laboratórios nacionais, internacionais ou por institutos especializados ligados ao poder público. A produção segue o planejamento anual da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. As vacinas produzidas são, então, enviadas às centrais de distribuição, onde são embaladas, armazenadas na temperatura adequada e distribuídas por todo o país.
Desde 1973 o Brasil segue o Programa Nacional de Imunizações, que organiza a política de vacinação da população brasileira.
Em 1980 foi realizada a primeira Campanha Nacional de Vacinação, que tinha por objetivo o combate à poliomielite através da vacinação de todas as crianças menores de cinco anos de idade. O último caso da doença no país foi registrado nove anos depois.
Por prevenção, é recomendado que crianças sejam vacinadas logo cedo, assim que o sistema imune estiver suficientemente desenvolvido para responder à substância da vacina.
Dependendo da vacina, é necessário tomar mais de uma dose e em diferentes etapas da vida. A vacinação contra a gripe é um caso à parte, com necessidade de reforço anualmente para os grupos de risco por causa da mutação constante do vírus.
As vacinas são responsáveis pela diminuição considerável e até erradicação de doenças graves, capazes de causar a morte prematura de pessoas ou sequelas que as acompanhariam para o resto da vida. Sem elas as taxas de mortalidade infantil seriam mais elevadas e a expectativa de vida seria menor.
Segundo pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido da farmacêutica Pfizer, 90% dos brasileiros consideram que a imunização é importante, mas apenas 50% checam com regularidade se a carteirinha de vacinação está atualizada.
É importante salientar que a vacinação é um ato de responsabilidade coletiva. Ao se imunizar contra uma doença você não protege apenas a própria saúde, mas também a de todos ao seu redor.