O governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (7/4), a criação do programa Bolsa do Povo, com repasses de até R$ 500 por pessoa. A intenção é beneficiar meio milhão de famílias no estado.
O anúncio está sendo feito pelo governador João Doria (PSDB). De acordo com ele, a ideia é atender a população mais vulnerável, principalmente por causa da pandemia no novo coronavírus.
De acordo com o vice-governador, Rodrigo Garcia, o novo programa é a unificação dos programas já existentes com ampliação do valor investido na área. Para este ano, a expectativa é de que seja disponibilizado R$ 1 bilhão para a área.
Entre os programas incorporados estão o Bolsa Trabalho, o Bolsa Renda Cidadã e o Bolsa Talento Esportivo. O Renda Cidadão, por exemplo, que hoje é de R$ 80 por mês passará para R$ 100.
A principal novidade é a contratação de 20 mil pais e mães para atuar nas escolas como colaboradores. Eles trabalharão por 4 horas, com remuneração mensal de R$ 500.
“Todos mantêm os benefícios, alguns com ampliação”, destaca Garcia. O projeto que cria o programa será enviado para a Assembleia de São Paulo nesta tarde para análise dos parlamentares.
Covid-19 em São Paulo
Na terça-feira (6/4), São Paulo bateu mais um recorde de mortes em 24 horas: foram 1.389 vidas perdidas em decorrência da Covid-19. O número anterior havia sido de 1.209 óbitos, registrado em 30 de março.
Apesar do recorde de mortes, a hospitalização em decorrência da doença vem caindo. Dados da secretaria mostram queda de 4,9% nas internações. No dia 2 abril, eram 30.976 pessoas internadas. Agora, são 29.510.
Também na terça, pela primeira vez desde 15 de fevereiro, foi negativa a taxa de aceleração de novas internações em leitos de UTI em relação ao número de altas.
A redução apresentada na terça foi de 0,08%, segundo dados do governo estadual. “Começa a reduzir a pressão sobre o sistema de saúde. Mas todo cuidado nos próximos dias é extremamente importante”, afirmou João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19.
São Paulo está em fase emergencial desde 15 de março. Com isso, atividades não essenciais, como comércio, bares e restaurantes, estão fechadas para atendimento ao público presencial. As medidas para conter o avanço da pandemia valem até 11 de abril.
Fonte: Metrópoles.