Frigoríficos afirmam que custos de produção aumentaram e reajuste é inevitável
Após o aumento histórico e desenfreado da carne bovina no ano de 2020, a carne de frango, de porco além do ovo também pode ter reajustes drásticos na segunda etapa de 2021.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou em nota que o milho e a soja, elementos que compõem 70% dos custos de produção, subiram respectivamente mais de 100% e 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Tais aumentos forçam a elevação do preço final da carne no mercado.
“O consequente e inevitável repasse ao consumidor já está nas gôndolas, mas em patamares que ainda não alcançam os níveis de custos” – trecho da nota.
O frango inteiro teve alta de 14%, enquanto a venda dos pedaços e miúdos subiram 13,5%. O preço do ovo, por sua vez, avançou 7%, e, dentre as carnes de porco, a linguiça disparou 30%. Os dados são dos últimos 12 meses e foram apresentados pelo IBGE.
Dentre os motivos para o aumento, os frigoríficos citam o preço internacional dos grãos, além do valor do diesel e das embalagens. O setor propôs ao governo federal medidas como incentivo fiscal e redução dos custos na importação.
O governo federal estuda medidas para auxiliar o setor e tentar controlar os dois lados da balança, embora o momento de instabilidade política e econômica do país seja um empecilho.