“Fadinha” encantou os jurados com a leveza de suas manobras e sua alegria juvenil, tornando-se a medalhista mais jovem do esporte brasileiro
Rayssa Leal colocou seu nome na história do esporte brasileiro. Aos 13 anos e 203 dias, sorriso metálico e jeito de criança, a atleta maranhense, conhecida como “Fadinha” tornou-se a medalhista mais jovem da história do país ao conquistar a prata na categoria street do skate, modalidade estreante nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Ariake Sports Urban Park, na madrugada desta segunda-feira, 26.
A façanha de Rayssa amenizou a decepção pela eliminação precoce das compatriotas Pâmela Rosa e Letícia Bufoni e garantiu a segunda medalha do Brasil na estreia do skate no programa olímpico, um dia depois da prata de Kelvin Hoefler. A medalha de ouro ficou com a japonesa Momij Nishiya e o bronze com Funa Nakayama.
Acompanhada da mãe Lilian, Rayssa se divertiu durante toda a competição, como se estivesse brincando em sua cidade, Imperatriz, no interior do Maranhão. A cada boa participação, sorria para a câmera, dançava e mostrava a bandeira brasileira. Também recorreu a coletes de gelo a cada parada, para amenizar o forte calor na capital japonesa. Ela terminou a fase classificatória na terceira colocação geral, com nota 14,91.
Na hora da decisão, manteve a calma, mesmo após pequenos erros, e foi crescendo nas últimas das cinco tentativas de melhor manobra.
Sua façanha não foi uma surpresa, pois Rayssa já era vista como uma sensação mundial dos corrimões e escadarias. Dias antes da estreia olímpica, ela recebeu conselhos nos treinamentos de Tony Hawk, a lenda americana da modalidade, que a definiu como “fora da curva”.
Ela ganhou o apelido de “fadinha” com apenas sete anos, quando um vídeo seu, fazendo manobras fantasiada de fada viralizou. Na época, a criança natural de Imperatriz, no interior do Maranhão, tinha como referência Letícia Bufoni, que seis anos depois seria sua companheira de quarto e grande parceira em Tóquio.
Fonte: Veja