Ginasta de 22 anos fica atrás apenas da americana Sunisa Lee no individual geral e se torna a primeira medalhista olímpica da ginástica feminina do Brasil – Foto: Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/ CBG
O Baile de Favela ecoou no pódio das Olimpíadas de Tóquio. O hino foi americano, mas o funk ainda estava na cabeça de todos quando Rebeca Andrade colocou no peito a prata do individual geral nesta quinta-feira. A ginasta de 22 anos se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos.
Com 57,298 pontos, Rebeca só ficou atrás da americana Sunisa Lee, que somou 57,433 pontos e manteve o domínio do país na prova. O bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 57,199 pontos.
Rebeca Andrade nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG
E o ouro não veio por muito pouco, por um passo para fora no solo do Baile de Favela. Nada que diminua a conquista de Rebeca, que ainda vai disputar mais duas finais em Tóquio: domingo no salto, e segunda-feira no solo. Mais duas chances de continuar escrevendo seu nome na história do esporte brasileiro.
Teve VAR
A medalha de Rebeca foi de prata graças ao VAR. Ela tinha recebido 13,566 pontos na trave, mas a comissão técnica brasileira entrou com um recurso para revisão da nota de dificuldade. Os árbitros acataram o pedido e aumentaram um décimo na nota, indo para 13,666 pontos. A diferença entre Rebeca e Melnikova, a terceira colocada, foi de apenas 0,099.
Rebeca Andrade celebra prata ao lado do técnico Francisco Porath — Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Rebeca Andrade tem mais duas chances reais de pódio nas Olimpíadas
Após a conquista da medalha de prata no individual geral, Rebeca Andrade terá ainda duas chances reais de pódio nas Olimpíadas de Tóquio. No domingo, dia 1º de agosto, às 5h45 (De Brasília), ela participa da decisão do salto, enquanto no dia seguinte, no mesmo horário, ela entra em ação na final do solo. As duas competições contarão com apenas oito atletas.
Caso consiga as três medalhas, Rebeca Andrade se igualaria a Isaquias Queiroz, da canoagem, até hoje o único atleta da história do Brasil a atingir tal feito: nos Jogos da Rio 2016, ele levou duas pratas e um bronze.
Fonte: ge.globo.com