O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo Fernando Alencar Medeiros, emitiu uma nota oficial em alusão ao Dia de Finados, que é celebrado no dia 2 de novembro, no boletim, a PM cita a importância desses homens e mulheres para sociedade e a lacuna que as perdas deixaram em todos os familiares e amigos das vítimas do coronavírus.
A pandemia no Brasil deixou marcas avassaladoras e soma atualmente quase 610 mil mortes de brasileiros em todas as regiões do país. Atualmente cerca de 80% dos cidadãos estão vacinados ao menos com a primeira dose.
“Eram homens, mulheres, jovens, filhos e filhas… Eram pessoas de inúmeros sonhos, de gigantesco caráter e notável honradez, que acabaram ofertando o bem maior que possuíam – a própria vida – em favor de pessoas que se quer conheciam”, disse o Comandante em um trecho da nota oficial.
Leia a Nota Alusiva ao Dia de Finados (Íntegra)
O Dia de Finados é uma data marcante para milhares de pessoas ao redor do mundo. As origens da celebração, no entanto, são incertas. A tradição, que envolve muita religiosidade, gira em torno das homenagens aos mortos.
O hábito Cristão de dedicar um dia para rezar pelos mortos remonta ao século quinto depois de Cristo, mas foi somente ao século oitavo que o dia 2 de novembro passou a ser Dia de Finados. Em cada parte do mundo celebra-se a data a seu próprio modo. No Brasil, a tradição impõe um momento de introspecção e visita aos túmulos dos entes queridos.
Neste ano, especialmente, após o mundo todo vivenciar muitas provações em decorrência da pandemia, mais do que nunca devemos honrar nossos Policiais Militares que foram verdadeiros heróis. Enquanto todos puderam se resguardar em suas casas, nossos homens e mulheres estavam nas ruas protegendo a sociedade.
Desde a gripe espanhola não tínhamos tantas perdas em tão pouco espaço de tempo… 105 policiais da ativa morreram em decorrência à covid, 852 veteranos também foram vitimados, além de parentes e entes queridos que também partiram nesse doloroso enfrentado por todos nós.
Hoje, estamos aqui, para agradecer nossos irmãos de farda que não mais se encontram entre nós no mundo material, mas a memória de todos eles está guardada para sempre em nossos corações.
A morte de um policia é o mais alto preço pago para defender a sociedade. O holocausto é prova de fidelidade plena no cumprimento da solene promessa que cada um fez, ainda jovem, nos bancos da escola de formação: dedicar-se inteiramente ao serviço da pátria, se preciso, com o sacrifício da própria vida.
Eram homens, mulheres, jovens, filhos e filhas… Eram pessoas de inúmeros sonhos, de gigantesco caráter e notável honradez, que acabaram ofertando o bem maior que possuíam -a própria vida – em favor de pessoas que se quer conheciam.
Cerca de 2 mil anos atrás, Jesus Cristo de Nazaré voluntariou-se para também sacrificar a sua vida como resgate em troca de muitos. Ele sabia bem qual era sua missão aqui na terra. Jesus tinha plena certeza que a esperança da redenção dependeria da sua morte sacrificial, pela qual temos o dever de gratidão.
Que possamos render nossos agradecimentos aos irmãos de farda que também entregaram as suas vidas em favor do próximo e, e ao mesmo tempo, cultuar o exemplo de vida que cada um deles deixou.
Rogamos que a paz de Deus e a esperança da ressureição em Cristo Jesus possam consolar todos os corações enlutados. Rogamos também que a coragem e a dedicação dos nossos heróis possam renovar nossas forças a fim de continuar “combatendo o bom combate” enquanto vida tivermos. Que o tempo possa transformar a dor em saudade serena, acalmando os corações dos que ficaram, e que as lembranças nos motivem a seguir os legados deixados, honrando a memória dos nossos combatentes.
