Boletos falsos! Como identificá-los?

Imagino que você já tenha ouvido falar sobre o “golpe do boleto falso”, que acontece quando uma pessoa que realmente fez uma compra ou tem uma conta em aberto recebe um boleto de forma digital ou impressa para pagamento. Contudo, ao realizar o pagamento, o valor vai para a conta de outra pessoa, ao invés de servir para quitar a despesa.

Nesse cenário, estar atento aos principais golpes cometidos com o uso de boletos falsos é fundamental. Antes de qualquer coisa, é importante entender que o mecanismo do boleto de cobrança funciona da seguinte forma: o emissor do documento, ou beneficiário, recebe em sua conta o valor referente ao produto ou serviço prestado após o pagador realizar o pagamento do boleto. Este processo dura, em média, 3 dias úteis para ser concluído.

Portanto, o que já podemos tirar de lição é que os fraudadores apostam na desatenção das pessoas para aplicar golpes usando boletos.

Se todos conferirmos as informações da conta do emissor detalhadamente e prestarmos mais atenção na hora de realizar o pagamento, muitos casos seriam evitados.

É necessário seguir alguns passos para evitar cair no golpe do boleto falso:

  1. Desconfie da origem do boleto: Certifique-se que a origem do boleto é confiável. A única guia na qual você deve confiar é aquela que é fornecida no ato da compra, dentro do próprio ambiente online da loja, por exemplo: Muitos golpistas utilizam de fontes alternativas para enviar faturas impressas entregues pelo correio, pelo e-mail, por SMS ou por WhatsApp. Desconfie desses casos e entre em contato com a empresa para confirmar a autenticidade do envio do documento.
  2. Verifique os dados do beneficiário: Todos os boletos precisam ser registrados antes de serem emitidos, com informações do emissor e do pagador, como CPF/CNPJ, data de vencimento e valor. Ao identificar esses dados, é possível fazer uma pesquisa simples e descobrir se as informações são verdadeiras. Uma boa dica para verificar a veracidade dos dados do beneficiário é consultar o CNPJ e a razão social dentro do site da Receita Federal, onde é possível consultar os CNPJs cadastrados em território nacional.Além disso, também é interessante conferir se o endereço da loja fornecido no boleto corresponde ao da sede da empresa informado pelos dados da Receita. Caso os dados não batam, não pague o boleto!
  3. Confira o valor do seu boleto: Você sabia que os números finais do código de barras são sempre exatamente iguais ao valor pago no boleto bancário? Caso não sejam, significa que a fatura está errada ou foi adulterada! Imagine que o valor dele é de R$250,00 e por esse motivo, o número final do código de barras é “25000”. Outro sinal de alerta, é quando o boleto consta um preço diferente de uma cobrança que costuma ser fixa. Além disso, sempre verifique se o boleto contém informações como data de vencimento, CNPJ e nome do beneficiário.
  4. Fique de olho no código de barras: Em um boleto verdadeiro, os números referentes ao código do banco emissor da guia são sempre os três primeiros números exibidos no código da fatura. Para conferir se o código que consta no boleto corresponde com o banco do emissor, você pode usar como base esse guia de código dos bancos. Ademais, caso o aplicativo do seu banco não consiga fazer a leitura do código de barras, pode desconfiar do boleto. Isso pode acontecer por diversos motivos, desde uma área meio apagada até a existência de alteração fraudulenta. Em qualquer um dos casos, a melhor opção é entrar em contato com o emissor da guia e não realizar o pagamento até obter uma resposta oficial.
  5. Esteja atento às dicas de segurança digital: Uma dica fundamental é ter em seu computador um antivírus sempre atualizado e não instalar softwares de origem desconhecida. Além disso, é importante observar o nome que aparecerá como beneficiário na tela do caixa eletrônico ou do celular. Portanto, só efetue o pagamento se você tiver certeza a respeito do nome do beneficiário/emissor do boleto.

Por este motivo, antes de pagar qualquer boleto confira primeiro a origem, os dados do beneficiário, o valor e sempre opte pelo pagamento via leitura automática do código de barras.

Se você constatar a irregularidade, entre em contato com o seu gerente ou então com o SAC (Serviço de Apoio ao Consumidor) e avise sobre a fraude. O banco de origem poderá agir para bloquear a transferência, seja efetivando um bloqueio interno ou então avisando a instituição financeira que recebeu o pagamento.

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Sobre o autor

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Carlos Henrique Luques Ruiz

Dr. Carlos Henrique Luques Ruiz - Advogado; Pós Graduado em Direito Tributário; Perito Contábil; Pós Graduado em Gestão Pública com ênfase em Cidades Inteligentes. Membro do Conselho Regional de Prerrogativas da 18ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo

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