Faça Bonito: mais de 500 profissionais são capacitados para identificar casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes

Ação focou na habilitação dos segmentos da Educação, Saúde e Assistência Social

Mais de 550 profissionais das áreas da Saúde, Educação e Assistência Social participaram das capacitações do Faça Bonito. O evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, por meio do CREAS, teve como foco habilitar pessoas para a identificação e encaminhamento legal de casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

De acordo com a secretária responsável pela pasta, dra. Telma Tulim, de 9 a 11 de maio, cerca de 400 trabalhadores da educação; aproximadamente 100 da Secretaria de Saúde e 60 do Desenvolvimento Social, além dos cinco conselheiros tutelares, participaram da ação.

“Essa capacitação foi muito profícua, muito vitoriosa. Vimos com um olhar muito técnico como podemos detectar que aquela criança ou jovem pode estar sendo vítima, e o que fazer quando encontramos uma situação como essa. Como denunciar sem ter certeza? Muitos professores e profissionais da saúde têm esse receio, mas não podemos ter dúvida sobre como levar essa informação às autoridades competentes”.

Capacitar professores, diretores e coordenadores, ajuda a alertar pessoas em contato direto com criança e adolescentes para os sinais comumente transmitidos pelas vítimas, e também para saber ouvir os relatos, sem desacreditar a vítima.

A Secretaria de Saúde priorizou a capacitação dos agentes comunitários, pois eles lidam diretamente com as famílias e podem notar manifestações clínicas como dores abdominais e mal-estares físicos e emocionais em crianças e adolescentes, sinais característicos de abuso ou exploração.

O palestrante Glauber Woida, assistente social e docente universitário, trouxe como tema o “estupro de vulnerável”.

Precisamos treinar os profissionais para identificação das condutas, deixando claro o que é abuso e exploração. A criança não tem a maturidade física e emocional ou a malícia do adulto. O abuso sempre parte da pessoa capaz de entender a situação, ou seja, do adulto. Precisamos desmascarar isso”.

Já o setor socioassistencial possibilitou o aprimoramento das habilidades dos técnicos e funcionários municipais e também de entidades. Segundo a chefe de setor de CREAS, Jaqueline Fernanda Vieira, 10 organizações compareceram ao evento.

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