Evento ocorre em paralelo com a reabertura do Museu e terá pré-exposição da gráfica Palma
Para celebrar os 100 anos do Distrito de Varpa, o Conselho Municipal de Turismo, em parceria com a Associação Batista Leta do Brasil (ABLB), e com apoio da Prefeitura de Tupã, por meio da Subsecretaria de Cultura, promove o 71º Congresso da ABLB – Centenário da Imigração Leta, a partir de hoje (15) e se estende até o 17 de julho (domingo), no templo da Igreja Batista de Varpa.
O evento está com ingressos à venda pelo (14) 99891-5343.
Conforme o presidente da Associação da Igreja Batista Leta, pastor Benjamim Keidann, este encontro anual, suspenso apenas durante a pandemia, já foi realizado em cidades com colônias letãs como Nova Odessa (SP), Curitiba (PR), Criciúma (SC), Urubici (SC) e Ijuí (RS), e retorna agora em Varpa.
“Ao todo, 2.450 pessoas desembarcaram do navio no porto de Santos (SP), seguiram para São Paulo (SP), e caminharam da última estação de trem até o Rio do Peixe. Seguindo até o que viria a ser a Varpa, em 1º de novembro de 2022. Fundando aqui a maior Igreja Batista da América Latina da época, com 1.750 membros. Com a vinda da linha férrea, a cidade acabou se desenvolvendo mais por Tupã, por isso temos um distrito mais antigo que o município, algo incomum que deve ser valorizado”, contou o pastor Keidann.
A edição de 2022 do Congresso reunirá descendentes do povo letão e pessoas de toda região. Os participantes contarão com apresentações de música, feiras, exposições e pregações.
Todas as solenidades serão ministradas pelo pastor Edgars Mažis, da cidade de Riga, na Letônia, que será acompanhado pelo intérprete, dr. Alfredo Peterlevitz, da Unicamp. No dia 15, a partir das 19h30 haverá abertura oficial com entrada das bandeiras e execução dos hinos do Brasil, São Paulo e Letônia.
Os corais misto, masculino e feminino, cantarão nas três noites de congresso, mas no sábado (16), haverá programação dirigida aos jovens e diversas apresentações com os quase 200 cantores, que trarão músicas no idioma letão.
No último dia (17), às 9h30 será conduzido culto pelos 100 anos de história; às 14h está marcado encontro de incentivo à oração, coordenado pelas mulheres missionárias; e às 19h haverá o culto de encerramento.
TIPOGRAFIA DA PALMA
No sábado (16) e domingo (17) o prédio que abrigava a Tipografia da Fazenda Palma, que funcionou de 1926 a 1981, será aberto à visitação, das 14h às 17h. O local está sendo recuperado, e passou por profunda limpeza, assim como os equipamentos e as peças usadas na impressão do material informativo, que circulou no distrito de Varpa e em outras colônias na época.
Conforme Sibila Lilian Osis, doutoranda em Educação pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), esse projeto deriva da tese dela que aborda como os imigrantes foram educados em relação às formas de cultivo da terra no Brasil, doenças comuns, e outras particularidades do período.
“A grande exposição será em novembro. Mas, estamos recuperando ao cervo, recebendo doações de materiais impressos em letão, e estes e outros materiais serão organizados futuramente numa biblioteca da Fazenda Palma. Então, temos várias frentes de recuperação de Memória e história”, declarou.
A entrada é gratuita, com obrigatoriedade do uso de máscara. A abertura oficial da exposição será em novembro, mês do aniversário do distrito de Varpa.
REABERTURA DO MUSEU
O público poderá conhecer o Museu Histórico e Cultural “Janis Erdbergs”, que reabrirá as portas neste fim de semana, depois de dois anos de interrupção das atividades em virtude das medidas de prevenção ao coronavírus.
Conforme o subsecretário de Cultura, Luis Carlos Sanches, “o Museu já estava recebendo excursões por agendamento, como das escolas de Pompéia e Parapuã, que trouxeram os alunos para conhecer a história dos pioneiros vindos da Letônia e fazer piqueniques na área externa. Mas, a partir de sexta-feira (15), nossa equipe estará à disposição dos demais visitantes”, afirmou.
O Museu Janis Erdbergs permanecerá aberto de terça a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados e domingos com agendamento pelo telefone (14) 3491-5013. No acervo há roupas, utensílios, ferramentas, material de caça e pesca e demais objetos que transportam os visitantes pela história da imigração do povo letão, que chegou à região em 1922.