Chumbinho e Mão Branca, você sabe do que se trata?

Para que um produto seja literalmente rotulado como raticida é preciso um longo caminho, que inclui pesquisa, testes de segurança e eficácia, licenças, registros e por fim comercialização dentro de normas especificas do Ministério da Saúde.

Substâncias como por exemplo o Aldicarbe, um agrotóxico de alta toxidade, apresentado em pequenas esferas na cor grafite, muito conhecido pelo nome de “chumbinho” e o Monofluoracetato de Sódio conhecido pelo nome de “mão branca”, tem a sua venda proibida no país.

O “chumbinho” e o “mão branca” tiveram a proibição de sua comercialização no país desde 2012 e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não concede registro ao “chumbinho” ou ao “mão branca” como raticida.

Ambos chegam aos domicílios do país, de forma clandestina e matam pessoas e animais todos os anos.

Por conta do desvio e ação criminosa de marginais que fracionam grandes embalagens e distribuem em pontos de vendas de forma precária com selos de autorização como se fossem licenciados.

Esses produtos não foram concebidos para controlar a população de ratos.

Os verdadeiros raticidas utilizados no país, seja por órgãos da saúde pública, ou empresas licenciadas, são extremamente seguros e seletivos.

Os produtos licenciados no Brasil para combater as populações de ratos dispõem de antidoto e ampla literatura para emergências médicas.

O problema é muito mais grave do que a simples comercialização de dois produtos não autorizados, já que pode responder criminalmente os envolvidos pela comercialização.

Normalmente os casos como o ocorrido em Avaré-SP no último mês de maio, não tem o final feliz.

Onde uma aluna do 5º ano de uma escola municipal, levou para a sala de aula um frasco com veneno granulado (chumbinho), pensando ser granulado de confeitaria e distribuiu o veneno para os colegas.

Quinze alunos com idade entre nove e 10 anos foram encaminhados para o pronto socorro de Avaré, após terem ingerido o veneno. Nem todos chegaram a engolir o granulado, mas de acordo com os pais, os 15 passaram por um processo de desintoxicação.

A mãe da aluna contou que a substância tóxica estava escondida na gaveta de um guarda-roupa e que não sabia que a filha havia levado o veneno para a escola.

Fica a torcida para que o cerco aos traficantes se feche e não haja novos acidentes causados por ingestão de substância química vendida clandestinamente de forma criminosa como falso raticida. Embora oficialmente banidos o “chumbinho” e o “mão branca” matam ratos, cães, gatos e seres humanos.

A comercialização desse tipo de produto é considerada crime inafiançável. Denuncie as autoridades.

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Sobre o autor

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Carlos Henrique Luques Ruiz

Dr. Carlos Henrique Luques Ruiz - Advogado; Pós Graduado em Direito Tributário; Perito Contábil; Pós Graduado em Gestão Pública com ênfase em Cidades Inteligentes. Membro do Conselho Regional de Prerrogativas da 18ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo

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