Entre os dias 21, 22 e 23 de outubro, Tupã receberá cerca de 10 grupos cênicos, com 150 atores de 35 cidades na Mostra de Teatro Ademar Guerra, que acontecerá no Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes, na Praça da Bandeira e no Solar Luiz de Souza Leão.
A inciativa tem parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte e o Instituto Luiz Bertazzoni de Arte e Cultura. O objetivo é levar ao público apresentações e oficinas artísticas gratuitas, para formação de plateia de diferentes idades com os mais variados gêneros como: comédia, drama, cultura caipira, sagrado feminino, teatro de pesquisa, musical e palhaçaria.
O subsecretário de Cultura, Luis Carlos, enfatiza que outro objetivo da Mostra é o contato entre atores, eles vão se conhecer, falar dos problemas, das alegrias, frustrações, e da felicidade de vivenciar a arte teatral. “Será um momento cultural muito forte, enriquecedor demais. Todos estão convidados”.
A mostra é uma realização do Programa de Qualificação em Artes (PQA), uma das áreas de Oficinas Culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis. E dá continuidade à série de atrações promovidas pela V Mostra Fênix de Linguagens Cênicas, que trouxe para Tupã espetáculos e oficinas para os professores da rede municipal, workshops para palhaços, com artistas em rodas de conversa, construindo a ampliação de repertórios.
Há 25 anos o Programa de Qualificação em Artes (PQA) estabelece diálogos e trocas de experiências entre grupos artísticos, a fim de descentralizar a produção de espetáculos da capital.
Segundo Kelly Cristina da Silva Chagas, coordenadora do PQA, o programa trabalha com grupos do litoral, região metropolitana de São Paulo e interior do estado. “Este ano, atendemos mais 47 grupos e estamos trazendo dez que estavam mais maduros para fazer essas apresentações. Sendo dois de Tupã e um de Presidente Prudente”.
Confira Programação completa:
- 21 de outubro (sexta-feira)
14h – Praça da Bandeira
45 minutos | Classificação indicativa: Livre |Tema: Palhaço-Ciência
Projeto ” A Cientista ” – Cia. O que tem, Maria?, de Jundiaí
Com elementos lúdicos, cômicos, sonoros, brincadeiras e experimentações, a palhaça Cotonete Maria traz etapas desde seu nascimento até as suas grandes descobertas. Nesse encontro entre a arte do riso e a ciência, o erro é a matéria-prima para as aventuras dessa cientista palhaça. O fascínio pelas borboletas leva a personagem a testar sua primeira hipótese: Será possível criar borboletas em laboratório?
19h30 – Abertura
Local: Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
20h – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
60 minutos| Classificação Indicativa: 12 anos |Gênero: Comédia | Tema: Farsa
O Arraial do Pafúncio – Grupo Fênix de Teatro, de Tupã
Mané Turco e sua espalhafatosa esposa Dona Bella esperam ansiosos pela morte de Tio Pafúncio. Assim, poderão ter acesso a tão sonhada herança. Zé do Sepulcro também conta os dias para que o velho passe dessa para melhor, conseguindo um defunto para inaugurar seu cemitério. Mas Tio Pafúncio apresenta melhoras e a trama ainda conta com Padre Jocó, Tibúrcio e Nhá Dita que vão aumentar o nó.
21h30 – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
70 minutos | Classificação indicativa: 14 anos| Gênero: Drama | Tema: Memória, luto e família
Nem um dia se passa sem notícias suas … – Coletivo Poros, de Taubaté
Após a perda dos pais, Joaquim se vê na missão de se desfazer de tudo o que pertencia a eles. Discos. Livros. Vestígios. Rastros. Últimas lasanhas do Universo. Um lar. Neste processo de mudança, Joaquim tem a companhia do irmão Juliano. Entre caixas de papelão, garrafas de whisky e versos de Carlos Drummond de Andrade, dores, perdas, lembranças e conflitos familiares vêm à tona.
- 22 de outubro (sábado)
10h – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
45 minutos | Classificação indicativa: Livre |Tema: Palhaço-Ciência
Projeto ” A Cientista ” – Cia. O que tem, Maria?, de Jundiaí
Com elementos lúdicos, cômicos, sonoros, brincadeiras e experimentações, a palhaça Cotonete Maria traz etapas desde seu nascimento até as suas grandes descobertas. Nesse encontro entre a arte do riso e a ciência, o erro é a matéria-prima para as aventuras dessa cientista palhaça. O fascínio pelas borboletas leva a personagem a testar sua primeira hipótese: Será possível criar borboletas em laboratório?
11h10 – Praça da Bandeira
55 minutos| Classificação Indicativa: Livre | Gênero: Palhaçaria
A Charanga da Tramp – Cia. Tramp de Palhaços, de Jundiaí
Unindo músico a linguagem circense, os palhaços Chimpa, Filomeno, Pompeu e Lechuga destacam a importância que a charanga — como era chamada a banda do circo — tinha no andamento do espetáculo. Pompeu como Maestro e Chimpa na posição de Mestre de Cerimônias, o quarteto se desdobra para apresentar as habilidades acrobáticas, números de mágica, lutas espetaculares, canções de domínio público e outras de própria autoria e, é claro, muita palhaçada. O espetáculo resgata características dos pequenos circos mambembes que circulavam pelo interior do Brasil, compreendendo o nosso tempo e como o clássico pode ser ressignificado.
14h30 – Sala de Apoio – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
90 minutos | Atividade exclusiva para grupos participantes da edição 2022 do Programa de Qualificação em Artes (PQA) – Teatro
Curadoria comenta: palhaçaria e comédia
16h30 – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
50 minutos | Classificação indicativa: 14 anos | Gênero: épico | Tema: ancestralidade
Canteiro de Memórias – Uma de Nós: Ateliê Teatral, de Sorocaba
Canteiro de Memórias, espetáculo escrito e dirigido a partir das lembranças ancestrais das integrantes do coletivo, faz um tributo ao exército de mulheres anônimas e fundamentais para que neste século XXI possamos perceber que conquistaram algumas batalhas como, por exemplo, o direito ao voto, o divórcio, a herança e o acesso ao ensino superior. O projeto cênico também busca inspirar a luta contínua pela igualdade de gênero almejada.
17h40 – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
50 minutos | Classificação Indicativa: 16 anos – Conteúdo sexual, linguagem Imprópria, temas sensíveis, violência | Gênero: Drama biográfico musical
Aqui Jazz Billie – Núcleo Ágora de Teatro, de São José dos Campos
Aqui Jazz Billie é um monólogo musical inspirado na vida e na obra da cantora Billie Holiday, somado à pesquisa sobre a grande personalidade feminina negra, intérprete que deu voz ao Strange Fruit , poema de protesto contra os linchamentos sofridos pelos corpos negros nos Estados Unidos na década de 1940. Esse monólogo tem por objetivo compor uma dramaturgia com elementos de origem biográfica, com a musicalidade do jazz e também canções populares, destacando o recorte dessa herança afrodescendente presente na nossa cultura e sociedade.
19h – Museu Solar Luiz de Souza Leão
50 minutos| Classificação indicativa – 14 anos| Gênero – Drama | Tema: primitiva
Primitiva – Pagu Cia de Teatro, de Presidente Prudente
A Pagu Cia de Teatro propõe ao público experimentar cenicamente a busca de um modo de existir – PRIMITIVA – um trabalho que se alimenta do ser mulher. Uma criação, que por meio de nariz, bocas, olhos e ouvidos, deseja reunir passado, presente e futuro no encontro de presenças e ausências. A companhia criou no percurso de seis anos os espetáculos Para Mollis (2018), Maria de quem? (2019) e agora apresenta Primitiva que mesmo em processo foi premiada pela lei estadual Aldir Blanc e municipal Cultura e Arte por Toda Parte.
- 23 de outubro (domingo)
10h – Sala de Apoio – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
90 minutos | Atividade exclusiva para grupos participantes da edição 2022 do PQA – Teatro
Curadoria comenta: O feminino no teatro
11h30 – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
55 minutos | Livre | Gênero: Comédia de Costumes | Tema: Cultura Caipira
Na Roça – Companhia Teatral Ronaumrose, de Piracicaba
Na Roça é um texto de Belmiro Braga que trata com comicidade os enredos de um pacato vilarejo do interior. Na trama, Novato e Tereza, que tem Eugenia por filha, lidam com as questões de uma moça em fase de arranjo para casamentar-se. Zé Leite, que é uma espécie de capanga astuto, se embaraça com as trambiquices do seu patrão Juca Pindóba. Já Juca Pindóba tem a intenção de casar-se com Eugenia, mas os pais da menina têm outros planos para ela. E alguns causos da cidade de Piracicaba vividos pelo compadre Felicíssimo e suas filhas Perpétua e Felicidade, juntamente com o primo Chico da Rufina, completam o enredo cômico.
14h20 – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
80 minutos | Classificação Indicativa: 15 anos | Gênero: Comédia | Tema: Comédia Caipira
Eh, Turtuvia – Cia Fratri Alatere, de Bragança Paulista
Quatro caipiras, que são a alma e a lembrança das histórias de uma pequena comunidade rural de 50 anos atrás, passam pelos “causos” mais engraçados desde santos e tradições das festas como, por exemplo, São Pedro – o guardião das chaves do céu, até histórias de almas perdidas. O público poderá se divertir com uma visão dessas pequenas comunidades espalhadas pelo Brasil que foram parte da vida dos nossos pais e avós. O objetivo é celebrar aquilo que foi; e resgatar aquilo que morre para que essas histórias vivam.
16h – Sala de Apoio – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
50 minutos | Atividade exclusiva para grupos participantes da edição 2022 do PQA – Teatro
Curadoria comenta: comédia de costumes
17h – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
60 minutos | Classificação Indicativa: 12 anos | Gênero: Adulto (absurdo) | Tema: Incomunicabilidade do ser humano
Em memória – Grupo Ágape de Teatro, de Tupã
Um grupo de pessoas se encontra em volta de uma constante espera. Não se sabe o que os leva até ali, nem o que de fato esperam. Uma mulher que lê seu jornal, um sujeito que carrega uma mala sem saber aonde levá-la, um engravatado apegado ao seu relógio fictício e uma criança tem seus caminhos cruzados. O contato entre eles, repleto de esquecimentos, cordialidades artificiais e relativizações, demonstra uma crise invisível que extrapola suas relações e se torna uma crise cognitiva. Personagens completamente habituados à artificialidade da vida, acostumados a um mundo que perdeu a referência no real. Assim, esse espetáculo apresenta questão existencial da espera, da incomunicabilidade e da virtualidade presente nas relações humanas.
18h10 – Sala de Apoio – Teatro Municipal José Antônio Parra Gomes
20 minutos | Atividade exclusiva para grupos participantes da edição 2022 do PQA – Teatro
Curadoria comenta: Teatro do Absurdo