A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a cumprir, nesta quinta-feira (29), 32 mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de uma tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e atos de vandalismo em Brasília, em 12 de dezembro.
Até as 7h30, pelo menos três pessoas tinham sido presas. São elas:
- Átilla Reginaldo Franco de Melo
Átilla se apresenta como pastor. Ele foi preso nesta quarta-feira (28) em São Gonçalo (RJ).
- Klio Damião Hirano
Klio foi presa em Brasília, também na noite de quarta-feira (28). Em 2020, foi candidata à prefeitura da cidade de Tupã, pelo PRTB, mas não se elegeu.
- Joel Pires Santana
Entre os crimes apurados pela ação, estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, dano qualificado, incêndio majorado e associação criminosa.
Os mandados são cumpridos no DF e em sete estados:
Rondônia
Pará
Mato Grosso
Tocantins
Ceará
São Paulo
Rio de Janeiro
Operação Nero
A operação ganhou o nome de Nero, em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma.
Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, bolsonaristas tentaram resgatar um homem preso pela instituição, no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 8 veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
A PF afirma que a investigação teve início na corporação, em conjunto com a Polícia Civil, que apurou os ataques de vandalismo na capital. Por declínio de competência, os inquéritos foram enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a Polícia Federal, “o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.
Fonte: G1