Hoje eu venho falar um pouquinho da dor do LUTO. A despedida é difícil e a dor do luto pode ser intensa, por isso evitamos falar sobre o assunto. Separei algumas considerações para te ajudar a superar o luto e criar uma relação melhor com esse sentimento. Continue a leitura e entenda!
Falar sobre a morte não é algo comum, costumamos falar sobre a vida, falar sobre planos, sonhos, conquistas, chegadas e anulamos o fato da partida, das perdas, do fim.
A morte também faz parte do ciclo da vida. A verdade é que ninguém é preparado para vivenciar os processos de perda, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde estaremos diante dessa situação.
O luto é um processo lento e doloroso, que tem como características uma tristeza profunda, afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre o objeto perdido, a perda de interesse no mundo externo e a incapacidade de substituição com a adoção de um novo objeto de amor (FREUD, 1915).
O luto anormal corresponde a não superação dessa perda, trazendo assim um estado depressivo por um longo prazo, resultado de guardar e abafar esses sentimentos.
Frente a uma perda existem diferentes formas e intensidades de viver esse processo, conforme o vínculo que temos com quem nos deixou, e isso pode manifestar diversas respostas emocionais e físicas: sentimentos de tristeza, culpa, raiva, ansiedade, saudade, confusão, descrença, choro, isolamento, agitação, distúrbios do sono ou apetite, dor no peito, etc.
Quando se passa pelo processo de luto (da morte) é preciso se aproximar da vida, para conseguir continuar vivendo. Encontrar motivos para continuar vivo. Mas não é só estar vivo no corpo, mas por dentro, é resgatar a alegria de viver, e muitas vezes isso não é possível sozinho, é preciso buscar ajuda, é preciso que o outro indique esse caminho e esses motivos. É preciso reorganizar e reconstruir muitas coisas e sentimentos diante da perda, de fato é um desafio, que precisa ser superado. É preciso seguir em frente.
“A função do psicólogo é leva-lo ao conhecimento da sua história. Ao te fazer relembrar as suas vivências fará com que você tenha um melhor entendimento ao cometer os mesmos atos dos seus pais, e assim vá deixando de imita-los. O fato de ama-los não significa que você precise ser igual ou cometer os mesmos erros. Entendido?” (Psicóloga – Josiane Carvalho)