Angélica Cristina Souza foi presa grávida e teve o filho na cadeia em Nova Délhi, o menino vivia com a mãe dentro do presídio, e agora no Brasil, já está sob os cuidados da avó materna.
A ex-moradora de Tupã Angélica Cristina Souza, condenada por tráfico internacional de drogas na Índia, em 2018, foi transferida para o Brasil. Ela e o filho de 4 anos, desembarcaram em São Paulo nesta sexta-feira (7).
A criança, desde o nascimento, vivia com a mãe no presídio de Nova Délhi, capital da Índia. O advogado de Angélica, Carlos Nicodemos, defende que a detenção do menino viola todos os direitos humanos.
“Falando em nome de uma criança, trata-se de um caso de violação extremada de direitos humanos, no qual o Estado brasileiro, tomando conhecimento e ciência da existência dessa criança, desse brasileiro num presídio na Índia, não diligenciou da maneira satisfatória de modo que pudesse trazê-lo imediatamente, levando aí um tempo enorme, o que entende-se por um aprofundamento dessa violação”, explica o advogado da família.
Carlos Nicodemos é presidente da Comissão de Direito Internacional, da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ). Ele destaca que a transferência da mãe para o Brasil foi o caminho mais “curto para poder tirar e romper esse ciclo de violência”.
No Brasil, Angélica cumprirá a pena de 10 anos imposta pela Justiça da Índia. O menino ficará sob os cuidados da avó. Ele completa 5 anos em 25 de dezembro, dia de Natal.