Vacina contra a dengue Qdenga foi aprovada pela Anvisa — Foto: Reprodução EPTV
Vacinação deve começar em fevereiro de 2024, mas não será em larga escala. Inicialmente, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas com a Qdenga
O Ministério da Saúde decidiu incorporar a vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A ministra Nísia Trindade anunciou nesta quinta-feira (21) que a vacinação com o novo imunizante deve começar em fevereiro de 2024.
“Incorporamos a vacina da dengue ao #SUS. O Brasil será o primeiro país com sistema universal como o nosso a dar acesso público a ela”, escreveu a ministra no X, o antigo Twitter.
O registro da Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.
O imunizante é o primeiro liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.
• De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;
• É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;
• Vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença;
• Ela também poderá ser aplicada em quem já teve a doença.
Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a dengue, desde que esteja dentro da faixa etária estipulada pela agência reguladora para aplicação das doses.
Até este ano, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. Entretanto, o imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue.
Essa vacina protege contra uma possível segunda infecção, que, no caso da dengue, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.
Número de doses e público-alvo
Inicialmente, ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação não será em larga escala: o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.
Como o imunizante é aplicado em um esquema de duas doses, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser vacinadas.
O cronograma de entrega proposto pela fabricante para as doses da vacina é o seguinte: 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro.
Sem dar mais detalhes, a pasta disse que nesse primeiro momento a vacinação será focada em “público e regiões prioritárias”.
“Até o início do ano, faremos a definição dos públicos-alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, explicou Trindade.
Frascos de teste da vacina contra a Dengue da Takeda. — Foto: TAKEDA/DIVULGAÇÃO
Impacto orçamentário
Durante o processo de aprovação, o Ministério da Saúde argumentou que o uso no SUS da vacina contra dengue aprovada pela Anvisa teria “impacto orçamentário muito elevado”, cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos, considerando as faixas etárias de 4 e 55 anos propostas pela farmacêutica.
Por isso, durante as tratativas, o ministério pediu mais informações ao fabricante sobre o preço proposto por dose, além da capacidade de produção da vacinação. Em resposta a isso, a ministra da Saúde disse que está discutindo uma transferência de tecnologia com a empresa e que “é muito provável” que consiga um resultado positivo.
Além disso, o Ministério da Saúde afirma que conseguiu uma redução de 44% no custo por dose: passando da oferta inicial de R$ 170 para R$ 95.
“Temos dois grandes laboratórios, o Butantan e a Fiocruz, com capacidade de produção para chegarmos à escala de que nosso país e população precisam”, acrescentou a ministra.
O número de casos de dengue no Brasil passou de 1,6 milhão em 2023, um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Até dezembro de 2022, haviam sido registrados 1,3 milhão de casos. O número de mortes também subiu: de 999 para 1.053 óbitos.
Principais sintomas da dengue
• Febre
• Dor no corpo e articulações
• Dor atrás dos olhos
• Mal-estar
• Falta de apetite
• Dor de cabeça
• Manchas vermelhas no corpo
Se identificar algum desses sintomas, a orientação é procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Fonte: G1
Boletim epidemiológico da dengue em Tupã
O Departamento de Entomologia e Endemias da Secretaria Municipal de Saúde informa que, na semana que abrange de 11 a 17 de dezembro, foram registrados 02 casos de dengue.
Do início do ano até a segunda-feira (18), foram notificados 5.426 casos suspeitos, sendo 2.795 positivos.
O munícipe também pode contribuir no combate ao mosquito realizando uma limpeza semanal de 10 minutos em seu imóvel, eliminando água parada, verificando a presença de água em ralos externos; além de, ao longo da semana, higienizar frequentemente os bebedouros dos animais e remover a água dos pratos de plantas.
O combate é ainda mais eficiente com a participação dos cidadãos. Por isso, é importante a permissão da entrada dos agentes e da nebulização, se informando e seguindo as instruções oferecidas pelos servidores.
Com a união dos trabalhos dos agentes e dos moradores é possível evitar novos casos e reduzir o progresso da dengue em Tupã.
O acesso ao boletim também pode ser feito no site da Prefeitura (www.tupa.sp.gov.br), clicando no menu “Saúde” e escolhendo a opção “Boletim Dengue”.
Além destas informações, é possível visualizar gráficos e tabelas dos dados históricos da dengue em Tupã por meio da opção “Gráficos de Histórico da Dengue”, situada no final da página do boletim.