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CUIDADO, informações sigilosas do INSS podem ter sido expostas

Venho compartilhando há tempos algumas modalidades de golpes, onde centenas de milhares de pensionistas e aposentados viraram o alvo preferido de golpistas que utilizam de seus dados para contratar empréstimos em seus nomes ou até mesmo instituições financeiras que liberam o crédito na conta dos aposentados e pensionistas sem mesmo ser contratado.

No caso dos golpistas eles liberam o valor na conta do aposentado ou pensionista e depois liga para a pessoa avisando que ocorreu um erro e pede o estorno do valor, porém após a pessoa fazer o estorno, os descontos mensais começam a cair em seu benefício.

Já no caso das financeiras o mais comum é a empresa financeira entrar em contato com o aposentado ou pensionista oferecendo o empréstimo consignado, seduzindo maliciosamente e educadamente o beneficiário, quando termina a conversa, muitas vezes até mesmo sem a autorização a empresa acerta o empréstimo, que a pessoa não está precisando, com juros altíssimos.

Quando a pessoa vê o valor creditado em sua conta, muitas vezes utiliza, porém quando iniciam os descontos descobre que os juros são muito superiores aqueles praticados por todas as demais instituições financeiras e o problema não acaba ai, muitas instituições ainda mandam cartões de créditos para essas pessoas sem a autorização e começam a descontar também o RMC – Reserva de Margem do Cartão de Crédito. Um verdadeiro estelionato.

Estas empresas e os golpistas conseguem na maioria das vezes os dados do beneficiário por ele mesmo, na maioria das vezes, os clientes acreditam ser uma ligação do INSS, onde os golpistas se passam por atendentes ou fazem solicitação de documentos e, assim, obtêm todos os dados necessários para forjar o empréstimo.

Pois é, a coisa se tornou pior nesta última semana, mais especificadamente na segunda feira (24.jun.2024) quando o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) confirmou indícios de que informações sigilosas de pessoas com aposentadorias e benefício sociais e assistenciais tenham sido vazados.

Cerca de 40 milhões de aposentados e pensionistas tiveram dados cadastrais expostos por meio de acessos sem controle.

Em nota, o INSS diz que não tem provas concretas de que houve vazamento de dados do sistema, mas que está “fazendo levantamento para verificar se houve ou não vazamento de informações”.

No entanto, há relatos de instituições que entram em contato para oferecer o empréstimo consignado, por exemplo, antes mesmo de o beneficiário receber do INSS o comunicado oficial sobre a concessão.

Meu conselho é que você que é pensionista ou aposentado procure verificar seu extrato do MEU INSS com frequência e caso note alguma irregularidade, seja ela por algum consignado ou descontos que não foi você quem contratou, procure o INSS imediatamente.

Você deve entrar com um pedido de suspensão e cancelamento do valor e das parcelas.

Registrar tudo em um protocolo de atendimento em canais oficiais da instituição.

O segundo passo é fazer registro de boletim de ocorrência junto a uma delegacia de polícia ou mesmo em sites de delegacia online.

Quanto mais documentos que comprovem a fraude, maiores as chances da investigação policial ter andamento.

O terceiro passo é recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para fazer a queixa e pedir orientação sobre como entrar com ações judiciais e solicitar ressarcimento e danos morais das instituições que permitiram a fraude.

Não temos como evitar a prática destes crimes e atos praticados pelos golpistas e instituições maliciosas, mas a maneira mais segura ainda é a mudança de hábito e a adoção de conduta preventiva que pode fazer muita diferença para determinadas situações.

Por isso é muito importante sempre desconfiar quando uma pessoa ou site solicitar dados excessivos. Outra dica é jamais fornecer número de cartão de crédito e senha, aliás, não forneça senhas a terceiros em nenhuma hipótese.

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Sobre o autor

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Carlos Henrique Luques Ruiz

Dr. Carlos Henrique Luques Ruiz - Advogado; Pós Graduado em Direito Tributário; Perito Contábil; Pós Graduado em Gestão Pública com ênfase em Cidades Inteligentes. Membro do Conselho Regional de Prerrogativas da 18ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo

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