Todas as Unidades de Saúde de Tupã e dos distritos já adotaram o novo formato
A Prefeitura de Tupã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que, por determinação do Ministério da Saúde, a partir da última segunda-feira (04) a vacina contra a Poliomielite, que era aplicada em 2 doses de reforço da VOPb (vacina oral poliomielite bivalente), passará a ser aplicada de forma injetável.
No esquema anterior, a criança recebia 3 doses da VIP (vacina inativada poliomielite) aos 2, 4 e 6 meses e 2 doses de reforço da VOP, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Agora, a dose de reforço será aplicada somente 1 vez aos 15 meses de vida da criança.
A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais para garantir que o esquema vacinal continue seguro.
Segundo o portal do Ministério da Saúde, a nova estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença, graças à vacinação em massa da população.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Miguel Ângelo de Marchi, garantiu que a mudança trará benefícios para as crianças, e que os pais e responsáveis devem buscar informações verdadeiras sobre a vacinação e garantir que a carteira vacinal das crianças esteja atualizada.
“Essa é uma tendência mundial, onde as doses da ‘gotinha’ são substituídas pela dose injetável, que tem uma plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças. Por isso, é muito importante reforçar aos pais e responsáveis para que fiquem atentos ao calendário de vacinas das crianças, visto que a paralisia infantil acomete somente as crianças não vacinadas”, alertou.
A chefe do setor de Vigilância Epidemiológica, Juliana Yuri, explicou que nas 16 Unidades de Saúde de Tupã e dos distritos (UBSs e USFs) a mudança já começou. “Todas as salas de vacinas estão equipadas para aplicar o novo formato do reforço contra a Poliomielite. Reforçamos ainda que, os pais e responsáveis que vejam as notícias e tenham alguma dúvida sobre as vacinas aplicadas em seus filhos, devem procurar a sala de vacina da sua Unidade de referência para se informar. Somente estando atento ao calendário vacinal das crianças é que todos nós podemos evitar que casos da doença voltem a ser registrados no município e em todo o território nacional”, disse.
Poliomielite
Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores.
Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A doença permanece endêmica em dois países: Afeganistão e Paquistão, com registro de 05 casos em 2021. Nenhum caso confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.
Causa
A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da poliomielite. As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura.
Assim, as principais sequelas são:
- Problemas e dores nas articulações;
- Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
- Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
- Osteoporose;
- Paralisia de uma das pernas;
- Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
- Dificuldade de falar;
- Atrofia muscular;
- Hipersensibilidade ao toque.
(Fonte: Ministério da Saúde)